quinta-feira, 25 de junho de 2009

(04.01.09) O cemitério do Père-Lachaise

Minha irmã acordou doente hoje.
Eu fiquei morrendo de dó, mas não queria perder o dia dentro do hotel de novo.

Decidi que iria sozinha para o Cemitério Père Lachaise, um dos lugares que eu estava mais ansiosa em conhecer de Paris, só perdendo para o Museu do Louvre.
Desci, tomei café e informei a elas que iria sair. Por um lado, eu sabia que iria sentir falta delas no passeio e que estava sendo um pouco egoísta ao deixa las no hotel, com a minha irmã gripada.
Mas a minha mãe ja me chamou de egoísta umas duas vezes aqui em Paris, mesmo eu não sendo, oras... Qual é a diferença entre realmente ser e ser julgada como?!
Eu necessitava ficar um tempo só, conhecer lugares novos, desbravar a cidade.
Não é isso que tenho feito nos últimos meses? Eu estava feliz sendo assim.

Apesar de preferir ir sozinha pra evitar situações desconfortáveis, como tem acontecido nos últimos dias, minha mãe quis ir comigo e aceitei a companhia de bom grado!

E lá fomos nós, pegar o metrô para o cemitério.
Não foi difícil de achar o local, e o melhor: tivemos uma tarde maravilhosa!
Fiquei muito emocionada ao me deparar com túmulos de personalidades como: Charles Chaplin, Comnté, Oscar Wilde, Allan Kardec e o grande Jim Morrison.

Minha mãe e eu nos aventuravamos procurando as principais tumbas com um mapinha de 4 euros (quase uma cartografia do local) que tivemos que comprar na porta.

Enquanto andavamos, fiquei imaginando que honra deve ser pra qualquer um ser enterrado num cemitério desses, com tantas personalidades. E minha imaginação foi mais além! Comecei a pensar: a noite, quando todos se levantam, quanto papo inteligente e quantas idéias fantásticas não devem sair dali? Eu até perderia o medo de almas penadas nesta caso.

Passamos um bom tempo lá entre ídolos de dezenas de gerações! E minha mãe foi a melhor companhia de todas, neste dia em especial. Com a cultura que ela tem e minha ânsia de aprender e discutir sobre tudo, só poderia ter saído conversas ótimas neste lugar.

Mais tarde fomos comer algo numa padaria que ficava em frente e, preocupadas com minha irmã, voltamos para o hotel.
A noite, ficamos vendo TV francesa (que de tão chata se torna engraçada) e comemos um crepe ótimo que vendia ali em frente mesmo.

Me senti muito mais aliviada! O dia foi bem legal.
Acho que as brigas vão amenizar aos poucos, só precisamos de um tempo para a readaptação.

Bjs.

PS: Depois de cinco meses sem TV, descobri o quanto isso não faz mais diferença na minha vida. Pensei seriamente em continuar assim quando voltar ao Brasil. Ler mais, ver mais filmes... será o fim das novelas e programas idiotas de Globo, Record, Band e SBT? rs.

Algumas fotos:

Túmulo de Oscar Wilde


Tumulo do Jim Morrison! Yeah =)

Mestre Charles Chaplin!


Frederic Chopin!

Ninguém menos que Allan Kardec

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