quinta-feira, 25 de junho de 2009

(02.01.09) Quando as coisas começaram a complicar

Acordamos, tomamos banho e saímos um pouco do quarto.
Fomos no MC Donald´s na frente do hotel pra comer alguma coisa antes de começar a perambular pela cidade e, enquanto minha irmã e eu compravamos os lanches, minha mãe ficou na porta do MC até um cara oferecer droga pra ela em frances (isso ela entendeu! hahaha).

A coitada ficou apavorada!! Realmente tinha muita gente estranha naquele bairro em que estávamos, entre putas, drogados e traficantes. Mas o fato é que o episódio só aumentou a vontade delas de ir embora de Paris e eu já não sabia mais o que fazer para deixa las felizes... De alguma forma me sentia responsável por aquilo. Sabe quando vc convida alguém pra alguma balada cara, a pessoa vai e detesta? Vc fica pensando: Ai, gastou dinheiro por minha causa e nem gostou. Duplica por quase 20 mil reais....Impossível não sentir culpa.

Pegamos o metrô e, por mera dedução, fomos para o outro lado de Paris. Pela janela vimos um bairro de compras, tipo uma Vinte e Cinco de Março francesa!! Minha mãe prometeu voltar lá, mas acabamos indo para num sei lá que bairro, onde tinha um parque lindo ( Lala e eu tiramos várias fotos bizarras... hehehe) e um Museu de História Natural.
Eu queria muito entrar, apesar de um pouco caro, mas minha irmã me chamou de canto e disse: Gi, trouxemos um tanto certo de dinheiro. Tudo o que a gente conseguir economizar vai ser usado pra dar entrada num carro pra vc no Brasil.

Aí, eu não queria fazer mais nada! Desisti totalmente da idéia de Riviera Francesa, Museu e o escambal. Não conseguia tirar da cabeça a idéia de voltar para o Brasil sem carro, sem emprego, sem a liberdade de morar sozinha. Quero meu carro!

Em pouco tempo estavamos de volta ao Hotel e só saímos de lá pra jantar.

Durante a janta, num restaurante pequeno mas bonitinho ali perto, começamos uma discussão de quanto eu havia mudado ou não e de quanto elas tinham mudado com a minha ausencia.
Eu sei que mudei. Nunca briguei com ninguém na Escócia, não me sentia irritadiça como me sinto no Brasil, não era baladeira master, não enfrentava ninguém, a não ser a mim mesma. A impressão que tinha era que eu seria assim pra sempre. Muito mais calma do que antes.

Essa é a liberdade que sentirei falta, ou não. De ser eu mesma sem cobranças.

Fui dormir sentindo falta da Escócia e me sentindo culpada por isso (também).

Beijos.

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