Apesar de termos colocado o relogio para despertar, com a minha confusao de fuso horario Edinburgh/Amsterdam/Roma, levantamos as 10 horas da manha, o que consideramos muito tarde para o tanto de coisas de precisavamos visitar em um so dia – amanha reservamos par air ao Vaticano.
Mesmo “atrasados”, descemos, tomamos café da manha no bar do hostel por 2 euros cada e eu decidi subir primeiro para tomar banho. Mas quem disse que eu achei o banheiro, ou consegui abrir a porta do meu quarto com aquele bandito cartao magnetico? Depois de varias tentativas e de super mal humor, desci e pedi ajuda para o Max com o quarto e fomos pedir informacao na recepcao, perguntando onde era o banheiro. Segundo o recepcionista, o banheiro ficava no proprio quarto, assim como o chuveiro. Como nos nao vimos? O quarto eh minusculo e nao estamos loucos: o banheiro so tem privada, nao tem chuveiro. Subimos de novo e, por sorte, as meninas que estavam no nosso quarto (que ainda nao haviamos encontrado) tinham deixado duas portas abertas – a do banheiromda privada e a do chuveiro, que mais parecia uma parte da parede, como uma passage secreta… hahaha. Nos matamos de rir, como nao vimos isso antes?
Uma hora depois, ambos de banho tomado e devidamente trocados, saimos para desvendar aquela cidade linda.
Posso dizer que Roma tem uma novidade a cada esquina. Apesar de nos termos guiado pelo mapa 100% do tempo (nos nao, o Max, pq continuo sendo a Gianne perdidinha da estrela), a gente quase nao precisava disso. Desciamos uma rua e la estava o Coliseu; viravamos uma esquina e la estava o Pantheon, e mais uma chegavamos na Fontana de Trevi de Bernini, que foi uma das coisas mais lindas que ja vi.
Passamos o dia assim, entre obras de arte, igrejas e ruinas de 5 metros de altura, de mais de 1.500 anos, imoveis, como se nao quisessem chamar nenhuma atencao; como se estivessem apenas observando os turistas e adquirindo mais e mais conhecimento sobre o mundo, culturas, pessoas, sobre a passagem infinita do tempo…Como se, mesmo depois de tantos anos e tanto sofrimento, ainda estivessem vivas.
Um dos momentos mais fantasticos do dia foi quando subiamos uma rua de paralelepipedo, seguidos por centenas de pessoas olhando esculturas na parede contando o dia da cruxificacao de Cristo. Ao final dela, o Max percebeu que tinhamos acabado de percorrer a via sacra de Roma. Nos emocionamos muito.
Outro momento especial (particularmente para mim) foi quando, sem querer, nos deparamos em frente a igreja de Maria Madalena: pequena, timida, quase escondida entre tantos “templos de adoracao” criados pela igreja Catolica e espalhados pela cidade. Ao entrar, me senti invadida por um sentimento inexplicavel, uma vontade de chorar e, sem ao menos conseguir coordenar os meus proprios passos, eu “cai” de joelhos em frente ao altar, magnetizada, e rezei depois de mais de 5 anos fugindo dos meus pecados e anseios espirituais. Eu rezei com o coracao, afinal, era para a mulher das mulheres que me portava, nao mais ou nao menos que Madalena.
Depois de mais de 8 horas “turistando” por Roma e de comer um lanche italiano do Mc Donalds que so tem na Italia, com certeza, decidimos voltar para o Hostel. Tomamos banho, enrolamos um pouco, conhecemos nossas “roommates” coreanas (alias, uma delas, coincidentemente, tbm mora em Edinburgh) e nao demoramos para dormir.
Amanha o Vaticano nos espera.
Deitada na cama eu pensava: “Nossa, ainda nao acredito que estou em Roma. Como vim parar aqui? Entre todas as coisas boas que imaginei passar este ano, esta foi, sem duvida, um dos elementos surpresa. Sorte minha”
Beijos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário