Nos trocamos e, apesar do frio congelante, fui desbravar a cidade na companhia do Max, que ja eh “macaco veio” aqui.
Primeiro lugar que fomos foi numa cafeteria para tomar café, super bonitinha. Mas eu estava com fome e prefer comer um croquete de café-da-manha na feirinha que acontece diariamente proximo dali. Ja comecei a me encantar com a cidade na feira mesmo, com as coisas diferentes que estavam expostas la, de roupas a comida.
Todo mundo anda de bicicleta, isso eh verdade! Alias, carros ali sao a maior perda de tempo, pois as ruas de Amsterdam sao tao estreitas e tem tanto ciclista que nem vale a pena passar de carro e atropelar pessoas na calcada. Melhor eh fazer exercicio.
Enquanto iamos andando, o Max explicava cada cantinho da cidade e, para me envolver ainda mais no clima holandes, ele comprou um peixe cru na feira chamado Haring, o qual os holandeses comem de palitinho, mesmo no café da manha. A cara nao eh feia, mas quem nao gosta de sushi ou de atum iria odiar. Eu adorei!
Continuamos nossa caminhada, passando por um monte de canais lindos, barquinhos, casas barcos (isso me impressionou.. as pessoas moram dentro do canal), lojinhas fofissimas… mas eu ainda nao tinha sentido o cheiro de maconha nem tinha visto ninguem fumando na rua.
Atravessamos uma parte da cidade e chegamos num dos lugares que eu estava curiosa pra conhecer: a casa da Anne Frank. O lugar eh um museu agora e, Segundo o Max, um dos lugares mais cheios de turistas. A fila realmente estava grande e desencanei de entrar por enquanto. Deve ser caro e ainda quero ver um monte de lugares!
Andamos mais e mais e mais e, apesar dos canais serem bem parecidos e eu ter a impressao que todas as fotos ficavam iguais, era a magia de Amsterdam que as modificavam: a temperatura baixa, as pessoas, as bicicletas de diferentes modelos e tamanhos, as curiosades nas vitrines - como sementes de maconha de todos os tipos. Alias, uma das coisas que mais me chamaram a atencao, alem das coisas turisticas, foram o capricho das lojas e vitrines da cidade. Voce nao ve uma loja decorada com mal gusto ou com cara de desleixo. Outra coisa que me deixou de boca aberta foram os antiquarios. Nao me contive e entrei em uns 2, mesmo sabendo que nao iria comprar nada, mas nao por falta de vontade. Olhando aquelas escrivaninhas antigas, fiquei imaginando os boemios de Amsterdam ha 200 anos atras, escritores, pintores, escultores, Van Gogh, Rembrant: a cidade respire arte.
Depois de algumas horas de passeio, o Max foi me apresentar o lugar que fechou esse clima boemio com chave de ouro: o bar mais antigo de Amsterdam, ainda decorado com pecas originais, empoeiradas para dar mais impressao ainda de antigo, e eu me apaixonei. Em silencio, do lado de fora, tomamos um Jeniver imaginando como seria nossa vida naquela epoca. Eu, com certeza, iria morrer de cirrose ou enfisema.
Depois desse clima magico, pedi para o Max me apresentar a Red Light (como turista nao podia deixar de conhecer). Red Light eh a rua (ou ruas) onde as prostitutas de Amsterdam ficam expostas em vitrines, de biquini, para quem, quiser olhar e escolher.
Fiquei chocada! As mulheres se vendem como produtos mesmo, como pecas de roupas ou sapatos. Se a vitrine estiver com a cortina fechada, eh porque tem cliente la dentro… e mais de 50% estavam fechadas, sinal que as meninas estavam "trabalhando".
Ja era noite quando voltamos para a casa, depois de passarmos no supermecado e comprarmos muito queijo, vinho e cerveja e, apesar de teoricamente precisarmos dormir cedo para pegar o voo de Roma amanha, nos acabamos de beber e comer. Conversamos muito sobre tudo, demos muita risada, nos emocionamos relembrando momentos e pessoas, vimos TV, escutamos musica, fizemos tudo que tinhamos direito pra matar a saudades da epoca de Brasil.
Bebados e felizes, caimos no sono.
Beijos!
PS: Fotos no Picasa em breve =)
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