Acordei toda contente hoje, mas meio insegura tbm. Sera que a Rachel falou com o Mike e me trara novidades? Serao essas boas ou ruins?
Enrolei ate dar a hora de tomar banho e me arrumar (e hoje me arrumei um pouco melhor ainda), e saimos rumo ao Sheraton.
Chegando la, coloquei o uniforme e subi ansiosa. Enquanto colocava as garrafas de vinho na mesa, a Rachel apareceu e disse: “Gianne, ainda nao consegui falar com ele. Nao o vejo desde ontem, pq ele tabalhou ate o finish”. Isso eh verdade, mas a minha intuicao comecou a me dizer algo… haveria a possibilidade dela ter falado e, como ele nao esta na mesma sintonia que eu, ela ficou com receio de me deixar triste?
Ela saiu rindo e dizendo: Don’t be in panic! A unica coisa que pude responder foi: Rachel! Panic? Vc ainda nao me conhece… hahahaha.
As coisas ja comecaram a clarear pra mim. Acho que esperei tempo demais pra agir como sempre, esquecendo tudo. Odeio me sentir nas “maos” de alguem, e agora eu estava literalmente rendida. Eu deixei isso acontecer, enganada pelos meus sentimentos de novo.
"Mas ate quando serei a Gianne tao orgulhosa de si mesma, que nao consegue dar uma oportunidade sequer pra alguem se explicar?", pensava.
Fui olhar no quadro do corredor, onde eles desenham o esquema de trabalho do dia e colocam os pratos que serao servidos aos convidados e percebi que colocaram o Mike e eu para trabalhar na mesma mesa. Ok! Isso pode ser uma boa oportunidade para eu me aproximar e sentir se ele ja ta sabendo de alguma coisa desde ontem ou nao....
... Porem, a noite foi agradabilissima e nao consegui sentir nada alem de coisas boas: brincamos, conversamos, tiramos sarro dos outros, pedimos ajuda um para o outro, rimos...como amigos mesmo. Nunca fomos tao proximos! E assim continuou ate o shift acabar, as 2h da manha (cedo!), quando fomos sutilmente convidados pelo nosso supervisor (aquele que um dia fomos para a casa) para fazer brincadeirinhas de virar cerveja no deposito.
Sem jantar, uma cerveja vai, outra vem e o supervisor comecou a pegar as bebidas quentes. Ja meio bebadinha e impulsionada pelo Ross (o supervisor), comecei a ensinar os escoceses, irlandeses e indianos a por fogo no contreau e virar.
Pra que?
Em 10 minutos, todos ja estavam bebados demais e o Mike ficou do meu lado querendo conversar. Fudeu! Comecamos a falar de casa, da vida, das nossas familias, ate que chegamos no ponto crucial: Namoro… mesmo antes de eu perguntar algo, ele comecou a contar que tem uma pessoa que nao mora em Edinburgh, que ele eh afim e blab la bla, e como bebado eh uma merda ao cubo, eu disse: “legal, Mike. Mas a verdade eh que eu estava interessada em vc. Interessada, repito, nao “in love”. De qq forma, fico feliz que vc ja tenha alguem pra pensar e que agora nao tenho MESMO motivos pra ficar em Edinburgh. Vou voltar pro Brasil”.
Pra ser sincera, nao me lembro da reacao dele, so sei que depois disso sai andando pro banheiro, disfarcadamente, pra gorfar, acompanhada pela Maura – a brasileira que trabalha la tbm, de vez em nunca.
Como voltei pra casa e o que aconteceu depois disso eh sao misterios sem solucao…
Beijos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário