terça-feira, 21 de outubro de 2008

(18/10) Sabado: O aniversario da minha mae e a noite do Kama Sutra.

Acordei triste hoje! Dia 18 de outubro, primeiro aniversario da minha mae que passamos separadas. Me levantei, lavei o rosto e entrei no msn para esperar por ela e, assim que ela ficou online, enviei a primeira parte do meu presente-surpresa: um video criado do Youtube, com algumas fotos delas e uma mensagem para mostrar a importancia que ela tem na vida das pessoas que a rodeiam. Nao eh qualquer um que faz 51 tao linda, tao amorosa, tao vivida, tao mae e amiga…

http://www.youtube.com/watch?v=JkA-MZjDM2M

Emocianadas, choramos juntas pela minha ausencia nesta data tao especial! Mas por outro lado, sei que estamos felizes com nossos projetos… os meus, os dela, os nossos, e isso nos alivia.
Como ela tinha marcado compromissos, eu voltei a dormir mais um pouco (depois da paulada da noite de ontem, com o trabalho que o Guilherme deu, etc), e so acordei quando ele bateu na porta do meu quarto avisando que estava indo embora. Combinamos de almocar juntos e assim, ele voltaria tbm para limpar o estrago que fez, ja que o Songput ainda estava dormindo.

No fim da tarde fomos para o Sheraton e, para a minha supresa, hoje o evento seria um casamento indiano, daqueles bem tradicionais.

A decoracao estava linda!! Muito brilho, tecidos, um maravilhoso diva, um bolo cor-de-rosa com os noivos ao topo usando aqueles lencos tipicos, como burcas, e os convidados todos vestidos a carater iluminavam ainda mais o local. Mas a cultura deles foi o que me chamou mais atencao: as mulheres sentavam de um lado do salao e os homens do outro! Nem criancas do sexo oposto se misturavam. Alias, criancas tinham suas proprias mesas, as quais estavamos terminantemente proibidos de oferecer bebidas alcoolicas (nem para os adolescentes), assim como nao podiamos nem sonhar em passear com bandejas que nao fossem coca-cola no lado das mulheres – isso nos foi passado na hora do briefing.

Meu trabalho hoje foi, ironicamente, servir bebidas alcoolicas , o que nao foi nada dificil para um povo que quase nao bebe (muito menos se compararmos com os escoceses).

Com mais de uma hora de atraso, a noiva chegou e o jantar foi abruptamente interrompido. Ela veio no meio de umas 20 pessoas, mal conseguiamos ve-la entre a familia dela, e isso so foi possivel quando ela sentou no diva ao lado do noivo. Eles nao choravam… ao contrario, ambos estavam com cara de sofridos e infelizes. Isso me chocou profundamente.
“Esse deve ser aqueles tipicos casamentos sem amor”, pensei. Segundo o Joel (o indiano que trabalha comigo), para os indianos, o casamento nao eh uma data feliz: quando eles nao se casam por “obrigacao”, ficam tristes pelo fato de ter que deixar a familia. Entao porque se casam? Nao entendo certas coisas.

A festa so comecou a ficar alegre depois da entrada da noiva e do jantar, quando a banda comecou a tocar aquelas musicas tipicas e os homens (somente os homens) invadiram a pista.
Enquanto eu passeava pelo salao com meia duzia de cervejas na bandeja, eu os observava. Ate que, em subito, parei em frente da pista e em vez de observar, comecei a ADMIRA-LOS: Caramba, como os indianos dancam… diferente… coordenados… espontaneos… sexys!!! Nao sei se eh a falta de “carinho” que estou sentindo aqui (mais de 4 meses sem ao menos beijar), mas comecei a imaginar coisas com aquelas dancas diferentes, aquelas idas ate o chao, uma ginga totalmente diferente dos brasileiros, escoceses, irlandeses, ingleses, etc… Achei os caras muito sexys mesmo. Eu diria, ate bonitos, com aquelas roupas estranhas e adornos coloridos na cabeca.

E logo me veio na cabeca uma coisa interessante: nao haveria povo melhor para ter criado o Kama Sutra!!

No final da noite, quando a festa acabou, permanecemos um tempo ainda no Hotel para arrumar o salao e viemos pra casa de taxi e, contra a oculta vontade da Esther e do Songput, pedimos para o taxista pegar outro caminho para deixar o Guilherme mais perto da casa dele. Isso eh cobrado pelo Hotel e o Guilherme nao tem o direito de pedir isso – o taxi estava no nome do Songput hoje, e eh dele que sera descontado! Pq eu sempre me sinto culpada pelos “erros” dos outros?

Ao chegarmos em casa, a Esther ficou um pouco no meu quarto e hoje foi a vez dela desabafar. Escutei um pouco, mas logo me mostrei extremamente cansada e ela foi dormir (claro, depois de falar que ficou puta com o Guilherme hj por ter ido embora de manha sem limpar o vomito… e com toda razao).

Misturando acontecimentos recentes (Kama Sutra + Peter Pan) eu me deitei cheia de pensamentos e desejos… e nao demorei a satisfaze-los.

Posso dizer que, mesmo sozinha, hoje eu dormi feliz.

Beijos!!!

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